Sabia que a bicicleta pode e vai te ajudar a correr melhor?
Muitos atletas são forçados a usar a bike em períodos que precisam se afastar dos treinos de corrida, quase sempre por alguma lesão. Quando voltam aos treinos, não apenas se dão conta de que perderam pouca performance, como muitas vezes, estão correndo melhor do que antes.
Pedalar é uma excelente alternativa para incrementar o volume de treinos aeróbios e anaeróbios sem o risco da sobrecarga articular. Sabemos que mesmo um trote leve na grama gera impacto, dependendo do peso do corredor, muito impacto.
Enquanto isso, independentemente do peso do praticante, o ciclismo mantém os músculos alinhados e ativos, com pouquíssima sobrecarga nas articulações.
Por isso mesmo um corredor mais pesado, que sabe o risco de voltar a correr antes de perder peso, pode e deve usar a bicicleta como agente do emagrecimento e do ganho de capacidade cardiovascular, antes de voltar ou iniciar a corrida com mais afinco.
Mas os benefícios da pedalada ultrapassam as questões fisiológicas, gerando também o acionamento e fortalecimento de músculos muito importantes e essa é a explicação para alguns corredores sentirem melhora da eficiência mecânica depois de pedalarem.
A posição do ciclista na bicicleta facilita o uso de músculos potentes para a corrida, como os glúteos. São eles, os glúteos, os principais responsáveis pela impulsão horizontal quando corremos no plano e pela impulsão vertical quando estamos em uma subida. Isso é possível pois a inclinação do ciclista deixa os glúteos em um comprimento ideal de contração.
Pedalar também é uma das melhores opções de recuperação ativa. Por mexer as pernas sem o impacto que um trote causa, ajuda especialmente depois de provas longas, como uma meia ou uma maratona. Além de “soltar” as pernas, uma pedalada leve aumenta o fluxo de sangue e a oxigenação muscular, fatores que ajudam a metabolizar o lactato.
Então, para pedalar usamos quase os mesmos músculos que deveríamos usar na corrida. Melhor que isso, usamos todos eles de forma alinhada, com poucos ou nenhum desvio das articulações.
Resumindo, pedalar pode ser visto como um treino educativo associado a um potente treino de melhora na biomecânica da corrida, também como uma recuperação ativa, além de um potente treino de limiares mais altos de esforço, quando se tem como controlar e medir as séries. O que fazemos com precisão aqui na Giro.
Bom pedal!
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